NOVO MEDICAMENTO PARA O TRATAMENTO DA MALÁRIA


Medicamento contra malária desenvolvido pela Fiocruz vira referência no combate à doença

Medicamento contra malária desenvolvido pela Fiocruz vira referência no combate à doença








São Paulo, 8 de outubro de 2012

Um medicamento para o tratamento da malária desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a organização de pesquisa e desenvolvimento sem fins lucrativos DNDi (Drugs for Neglected Diseases Initiative – Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas, em português) recebeu na última semana a pré-qualificação da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

A certificação indica que o medicamento está de acordo com o padrão de qualidade exigido pela OMS e portanto pode ser comercializado com países do sudeste asiático. O fármaco, uma combinação de dose fixa de artesunato e mefloquina (ASMQ), buscava aprovação da OMS desde o ano passado. 

Além disso, com a obtenção da certificação, o ASMQ poderá ser ofertado por organizações que recebem financiamento de organismos internacionais, como Unicef e Fundo Global de Luta contra a Aids, Tuberculose e Malária.Os dois medicamentos são usados há 20 anos, mas apenas recentemente, a OMS sugeriu que eles fossem combinados em um único comprimido. Juntos, têm um efeito mais forte e combatem a resistência do parasita Plasmodium, um dos maiores obstáculos no tratamento da malária. 

Cerca de 18 mil pacientes adultos já foram tratados com o ASMQ na Malásia e Índia. O tratamento com o novo medicamento dura três dias e é recomendado para crianças a partir de seis meses e adultos de todas as idades.

Malária
A malária ocupa o quinto lugar no ranking de doenças que mais provocam óbitos no mundo. É provocada pelo parasita do gênero Plasmodium, do qual duas entre as cinco espécies que infectam seres humanos são responsáveis pela maior parte das infecções pela doença. O parasita P. falciparum provoca a maior parte dos óbitos por malária no mundo, sendo mais predominante na África Subsaariana. As pessoas que mais correm risco de contrair a doença (1,2 bilhão) vivem na África e Ásia, sendo que a maior parte dos óbitos ocorre no continente africano, que detém 91% das mortes pela enfermidade. Já a Ásia contabiliza 13% dos óbitos em decorrência da malária. Crianças com menos de cinco anos são as mais afetadas, contabilizando, aproximadamente, 86% das mortes pela doença no mundo.

Fonte CRFSP

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